A dor no peito é um sintoma e uma das principais causas de internação hospitalar. Sua causa pode haver muitos motivos, podendo ser decorrente de isquemia miocárdica, um quadro de angina e até um infarto agudo do miocárdio. 

No ano de 2108, houveram aproximadamente 130.000 mortes por doenças isquêmicas crônicas do coração. A doença acontece devido uma desproporção entre a oferta e demanda de oxigênio no músculo cardíaco, e provavelmente uma obstrução dos vasos do coração, normalmente ocasionando a ruptura de placa aterosclerótica (de gordura) ou trombo, podendo ocasionar falta de oxigenação no músculo cardíaco. 

O principal sintoma é a dor no peito, que vai para o braço esquerdo ou mandíbula, embora alguns pacientes possam ter sintomas mais discretos, principalmente nos diabéticos, como a sudorese, vômitos, arritmias e falta de ar. 

A angina, pode ser classificada como uma doença estável, quando tem início durante atividade física ou instável, ao iniciar em repouso. 

O infarto, difere da angina, pois ocorre a necrose, ou seja, morte de células do músculo cardíaco, podendo ser detectado em exames de sangue, os marcadores cardíacos, como  troponina. Mas como descobrir que é infarto? através de uma avaliação.

Na avaliação, o paciente com dor no peito, além de passar por um check-up clínico, com exame físico e a realização de outros exames complementares, é essencial a realização de eletrocardiograma e marcadores cardíacos.

Podem ser utilizados ainda, os exames de estresse, como o teste ergométrico, em que o paciente é submetido a um esforço físico controlado em esteira enquanto uma máquina (eletrocardiograma) lê os batimentos cardíacos e detecta sinais de isquemia quando o coração atinge um determinado nível de aceleração. Além do ecocardiograma de estresse e a cintilografia cardíaca. 

Já o exame que confirma definitivamente se a pessoa apresenta obstrução nas artérias coronárias é o cateterismo cardíaco e em alguns casos, a tomografia computadorizada das artérias coronárias.

O diagnóstico rápido é particularmente importante, visto que a intervenção rápida pode reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida. 

Outras causas de dor torácica são: pericardite (inflamação/infeccioso do pericárdio – camada externa que envolve o coração, miocardite (inflamação do músculo cardíaco), aneurisma e dissecção aórtica (lesões da parede da aorta, uma das principais artérias do corpo) ou ainda, doenças pulmonares, infecciosas, psiquiátricas e entre outras.

A angina instável e o infarto do miocárdio podem deixar sequelas, tais como: insuficiência cardíaca (coração não bombeia o sangue adequadamente) e tipos diferentes de arritmia (ritmo cardíaco irregular, acelerado), além da morte.

A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento melhoram a qualidade e expectativa de vida dos pacientes. O tratamento pode variar desde medicações para aliviar os sintomas e em casos mais graves, podem ser feitas intervenções a fim de desobstruir as artérias entupidas, tais como, a angioplastia cardíaca e a revascularização cardíaca.